Mais uma vez para falar sobre Colônia! Hoje vou falar um pouquinho mais de como é o cenário do livro
É uma verdadeira farra no dia de São João, você precisa ver como fica aqui na oficina. Quase falta produtos pra vender de tanto cliente. Fico o mês todinho me preparando, faço os drones de todos os animais que consigo, compro argila de monte, e até ajudo arrumando a feira do bairro. Bandeirinha, pisca-pisca, fogueira e tudo que uma boa festa de São João poderia ter. Você não tem noção da felicidade que é ver o sorriso no rosto de uma criança quando ela vê o robozinho pulando de um lado pro outro. É assim que eu tento fazer minha parte por aqui, trazer um pouco de alegria pra molecada e mostrar um pouco do que minha mãe e meu vô passaram minha vida todinha me ensinando.”
Joaquim Ferreira Ceramista Mecânico do Xingu
Colônia não é apenas um jogo, com um manual de regras, mas uma proposta de um mundo dinâmico. Uma ideia extrapolativa de como seria o Brasil em um cenário no futuro distante, onde a distopia tomou conta e a tecnologia se tornou uma peça central para a sobrevivência. O livro irá apresentar uma mega cidade subterrânea inspirada nas características dos regionalismos do Brasil em toda a sua diversidade cultural e histórica. O cenário é um mundo vivo e mutável, construído para que os jogadores sejam livres para transformá-lo com suas ações e com a narrativa da maneira que quiserem, alterando ou adicionando novos elementos. Colônia é feito para que os jogadores vivam as suas histórias brasileiras.
O território da cidade é dividido em Capitanias, setores (quase) organizados nas profundezas do subterrâneo. Uma cidade com quilômetros de extensão vertical. As capitanias terão seus elementos únicos, especiais e diversos, que trarão a pluralidade brasileira cultural mas, reimaginada em um ambiente super tecnológico, digital e distópico. Mesmo em um espaço tão apertado, existe uma enorme variedade de ambientes que se conectam pelas entranhas e túneis da metrópole. As narrativas serão palco para a diversidade, a mais bela característica de nosso país. Inúmeras tradições, perspectivas e costumes emaranhados nessa mega urbanização improvisada embaixo da terra. Colônia se estrutura em níveis de profundidade, regiões uma em cima da outra, uma verdadeira gambiarra urbana. Zona Norte, a superior, a Zona Central, a intermediária, e a Zona Sul, a mais profunda. Os níveis de profundidade são extremamente influentes em diversos aspectos de como as capitanias e suas populações se comportam e interagem, trazendo interações únicas entre cada região. As capitanias mostram muito de como a cidade e suas dinâmicas derivam de um gigantesco território adaptado e transformado pelo tempo.
Mas além de muita beleza e diversidade cultural, a metrópole subterrânea será lotada de desafios. O mundo é cheio de problemas e antagonistas, os quais vão constantemente entrar em confronto com os Protagonistas. Opressão social, catástrofes urbanas, violência pesada, segregação tecnológica e muitos outros problemas que caracterizam a extrema distopia do cenário. Problemas presentes em toda a história do Brasil, fantasmas do passado que até no futuro perseguem a população brasileira. Figuras e eventos históricos icônicos, presentes no passado distópico e desafiador que nosso país viveu.
Como serão Senhores de Engenho, Coronéis, ou até mesmo Donatários coloniais no futuro do Brasil?
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