RPG nada mais é do que um jogo de faz de conta. O termo RPG vem da sigla em inglês para Role-playing Games, jogos de interpretar papéis.
Se você já se colocou no lugar do protagonista de um livro ou de um filme, num faz de conta em um mundo cheio de tensão e perigo, imagine-se agora conduzindo toda a história — escolhendo os lugares que os personagens vão visitar, os desafios que vão enfrentar e tudo que há de fantástico ao seu redor. Isso é o RPG: a sua chance de contar e viver histórias fantásticas a partir das próprias escolhas e usando a imaginação.
Não há vencedores ou perdedores em um jogo de RPG. O sucesso está em alcançar um desfecho para a história, seja ele trágico ou glorioso. O resultado em si não é a vitória, mas a resolução de uma narrativa contada por um grupo de pessoas.
Tradicionalmente o RPG é uma atividade coletiva. Um grupo de jogadores vai se reunir e contar uma história com a participação e interferência de todos. A um dos jogadores cabe a função de conduzir a história e dar vida ao mundo dinâmico e seus habitantes, que servem como pano de fundo do enredo. Aos demais cabe o protagonismo. Eles vão incorporar os personagens que se aventuram e enfrentam os conflitos da trama conduzida.
Para dar suporte à dinâmica de contar histórias há um conjunto de regras que orienta como isso se desenvolve, como são resolvidas situações de conflito e as dificuldades que os personagens vão enfrentar naquele mundo imaginário. Normalmente as regras envolvem dados ou cartas e seus números representam os resultados para o sucesso e a falha das ações dos personagens.
Todo o jogo acontece na imaginação dos participantes. E pode se passar nos mais variados cenários do imaginário fantástico: em reinos habitados por dragões e fadas da fantasia medieval, em metrópoles distópicas dos futurismo cyberpunk, em mundos devastados pelo apocalipse da ficção científica, em galáxias alienígenas distantes do horror cósmico, até mesmo em ruas escuras muito similares à realidade do horror contemporâneo.
Portanto, assim como na literatura, nos filmes e séries, no RPG a história acontece em qualquer mundo que seus autores e roteiristas, os jogadores, sejam capazes de construir. A imaginação pode ser exercitada pela prática, especialmente pelo hábito de consumir cultura de qualquer forma.
Por isso acreditamos que o RPG é uma ferramenta lúdica de incentivo à aquisição de cultura, entre vários outros benefícios. Muitos educadores vêm utilizando o RPG como ferramenta de ensino dentro e fora das salas de aula. Há quem utilize o jogo de forma terapêutica. E outros que "gameficam" relações profissionais para acréscimos de produtividade.
Inegavelmente RPG é uma atividade que incentiva não apenas o hábito de ler trazendo benefícios para a interpretação, criatividade e reflexão, mas também resulta em melhorias nas capacidades de socialização, trabalho em equipe e resolução de problemas.
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